terça-feira, 23 de abril de 2013

Sindicato dos donos de escola pretendem retirar direitos dos professores




A diretoria do Sindicato dos professores de Pernambuco se reuniu com os representantes do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe), na última segunda feira (22). Este foi primeiro encontro de negociação com a entidade patronal referente à Campanha Salarial deste ano.
Na ocasião, o Sindicato Patronal apresentou a contraproposta à pauta de reivindicações dos professores do setor privado de ensino para 2013. O Sinpro Pernambuco tinha realizado algumas modificações e novas incorporações de cláusulas a atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
De acordo com o coordenador geral do Sinpro Pernambuco, Jackson Bezerra,  a questão que trata do reajuste salarial não foi posta na mesa de negociação e o ponto que trata da unificação do Piso Salarial em R$ 12,00, para o professor independente dos níveis de ensino, foi negado por parte do setor Patronal.
O Sinepe sugeriu a retirada de direitos históricos conquistados pela categoria. Diante desta atitude o Sindicato dos professores de Pernambuco entende que a entidade patronal visa enfraquecer o movimento de organização dos trabalhadores do setor da Educação Básica Privada de Pernambuco.
O Sindicato patronal propôs a exclusão da cláusula que trata da estabilidade provisória do professor durante período de campanha reivindicatória; a diminuição do valor percentual de horas extras e exclusão da cláusula que trata da dispensa durante o semestre letivo. “Para nós isso é um retrocesso, um absurdo”, comentou Jackson Bezerra.
Sobre a discussão de cláusulas novas, o Sinepe negou todas as proposições apresentadas pelos professores. “Eles negaram a proposição de hora atividade, a proposição de apóio técnico aos professores que trabalham em escolas com alunos com necessidades espécies, ticket alimentação, acesso a cultura e lazer e excluem qualquer cláusula que esteja relacionada à saúde do professor”, afirmou.
No decorrer da reunião foi apresentado pelo o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino, a pauta de reivindicação patronal, aprovada em assembléia geral.  Entre as exigências estão a permissão para instalação de câmaras em salas de aula; mudança no recesso escolar dos professores; diminuição do percentual das horas extras de100% para 50% e na cláusula de licença sem vencimento, eles não garantem  a manutenção da jornada de trabalho após o retorno do professor afastado para formação.
“Mais uma vez o Sinepe demonstra total desrespeito com a categoria dos professores, nos fazendo esperar quase 30 dias para que a primeira rodada de negociação, com o agravante de apresentar apenas  propostas que retiram direitos historicamente conquistados pelos professores”, conclui o coordenador geral do Sinpro Pernambuco, Jackson Bezerra.

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