terça-feira, 21 de maio de 2013

Recife tem o segundo menor custo de passagem aérea no Nordeste



Diario de Pernambuco - Diários Associados
O preço médio da passagem áerea saindo do Recife era de R$ 268,09 em 2010, mostra estudo. Em primeiro lugar está Salvador (R$ 210,73) (Arquivo/D.A Press)
O preço médio da passagem áerea saindo do Recife era de R$ 268,09 em 2010, mostra estudo. Em primeiro lugar está Salvador (R$ 210,73)
Recife tem o segundo melhor custo médio do Nordeste para se viajar de avião dentro do território nacional. De acordo com o estudo Ligações Aéreas 2010, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sair da capital pernambucana três anos atrás custava, em média, R$ 268,09.  Salvador encabeçava o ranking na região, com o trecho a R$ 210,73. Já João Pessoa, capital da vizinha Paraíba, apresentava, três anos atrás, o preço médio mais caro: R$ 411,95.

O estudo do IBGE levantou custos do bilhete aéreo, mas também os problemas mais enfrentados pelos passageiros. Mapeou ainda as rotas mais realizadas no país, que sofre com a concentração de voos. No Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes-Gilberto Freyre, a movimentação média anual é de 4.791.872 passageiros, entre embarques e desembarques. No ranking nacional, o terminal pernambucano está em sétimo lugar - atrás de São Paulo, Rio, Brasília, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Das 877 rotas aéreas registradas no país em 2010, praticamente 50% do tráfego de passageiros se concentrava em 24 pares de cidades. Os trechos que ligam São Paulo com as seis principais metrópoles do país (Rio, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba) foi responsável por 25% do total de passageiros transportados - 71.750.986 pessoas, em 2010. Recife, por sua vez, aparece em três das 24 rotas mais realizadas pelas companhias, com ligação para São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

Para o  coordenador da pesquisa, Marcelo Paiva Motta, a concentração das ligações representa prejuízo para o passageiro de algumas regiões brasileiras. “A concentração pode cortar os custos das viagens, mas implica em que cidades menores tenham maior número de conexões, o que diminui a acessibilidade do passageiro, porque o tempo de viagem passa a ser maior”, explicou.

Em 2010, 135 dos 5.565 municípios brasileiros possuíam aeroporto. A importância demográfica e econômica fazem de São Paulo o concentrador de fluxos em escala nacional, seguido do Rio de Janeiro e Brasília. Apesar da concentração, em termos espaciais, o território está bem coberto, segundo Mota.

O estudo mostra também que o transporte de carga via aérea é ainda mais concentrado, devido aos custos elevados. Mais da metade do tráfego acontecia em 10 pares de ligação. São Paulo-Manaus liderou o movimento aéreo de carga, com volume total de 99.344 mil kg. A ligação São Paulo-Recife vem em quarto lugar, com 17.085 mil kg. Ainda no “top 10”, está Recife-Fortaleza (9º): 7.557 mil kg.

Na opinião de Marcelo Paiva Motta, os dados podem auxiliar na criação de políticas públicas para melhorar a acessibilidade das cidades menos favorecidas com ligações aéreas e resolver o problema de locais onde a distância dos aeroportos é muito grande ou de difícil acesso.

0 comentários:

Postar um comentário