quarta-feira, 29 de maio de 2013

Campos defende acordo de liderenças para votação de MPs no Senado

Governador de PE ressalta importância da redução da tarifa de energia. 
Presidente da Casa, Renan Calheiros, recusou medidas por conta de prazo.

Katherine CoutinhoDo G1 PE
Eduardo Campos (Foto: Katherine Coutinho/G1)Campos destacou esforço do PSB devido à relevância da
matéria. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta quarta-feira (29) que é preciso um acordo de lideranças para aprovar no Senado as medidas provisórias referentes à redução da tarifa de energia elétrica e à desoneração da folha de pagamento, sobretudo a primeira. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recusou votar as medidas por não terem sido enviadas a menos de sete dias do prazo de validade das MPs.
Camos apontou ainda que a MP que assegura a redução tarifária poderia ser considerada no prazo, visto que chegou antes da leitura da ordem do dia. “Se dependesse do PSB, a gente votaria  as duas medidas provisórias como votamos na Câmara. Fomos para lá, convocamos nossa bancada, segundo relato de nosso líder Beto Albuquerque, e votamos na Câmara por entender a relevância da matéria”, afirmou o governador.
As MPs 601/2012, que amplia setores beneficiados com a desoneração da folha de pagamentos, e a 605/2013, que assegura a redução da tarifa de energia elétrica, devem perder a validade na próxima segunda-feira (3), caso não sejam de fato votadas no Senado. De acordo com o presidente do Senado, a contagem começa no dia seguinte ao da chegada da MP. Segundo Renan, a MP da tarifa de energia chegou às 14h53 da terça (28) e a da desoneração, às 20h20. Como as duas MPs vencem no próximo dia 3, por esse critério, haveria somente seis dias para a apreciação pelo Senado.
Ressaltando que compreende a necessidade do prazo para se discutir as questões, Campos defendeu que um novo acordo seja feito. “Essa foi uma pactuação feita pelo Senado lá trás, em função da chegada de uma medida provisória como a dos Portos chegou. Houve um pacto feito com os senadores. Essa pactuação poderia ser superada por um acordo de lideranças. No parlamento, só o acordo supera o regimento. O único caminho agora é o do convencimento. Se depender da nossa posição, é no sentido de ajudar que ela seja votada [a MP da energia], mas não sei se a nossa posição será suficiente. Tem outros que não estão admitindo”, apontou o presidente nacional do PSB.
Juros
Questionado sobre a possibilidade do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentar os juros básicos da economia brasileira em reunião nesta quarta-feira (29),  Campos se mostrou preocupado. “A gente sabe das consequências de haver um desnível do juros real do país e do juros nacional, a gente sabe o que isso acarreta. Então, sempre que a inflação aumenta, é porque a gente está vivendo uma situação que nem sempre vai ser resolvida com taxa de juros. A gente sabe sobretudo que a inflação que vem demonstrando seus sinais tem uma presença muito do preço dos serviços, da sazonalidade de produtos agrícolas. Os juros não têm efeito sobre essa realidade. Toda vez que a gente vê juros subindo, a gente fica preocupado”, pontuou o governador.
Os juros da economia brasileira estão atualmente em 7,5% ao ano, e a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro é de um aumento de 0,25 ponto percentual, para 7,75% ao ano. A reunião do Copom tem previsão de término após as 18h desta quarta-feira. Normalmente, o novo patamar dos juros é anunciado por volta das 20h.
Campos falou com a imprensa após a inauguração do Terminal Integrado (TI) junto ao Terminal Intermunicipal de Passageiros (TIP), no Recife. O novo terminal tem previsão de atender 22 mil pessoas por dia e irá operar 10 linhas de ônibus e uma de metrô. Na ocasião, o governador assinou também a ordem de serviço para a reforma do Terminal Integrado de Afogados, também na capital pernambucana.
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