quarta-feira, 31 de julho de 2013

Cinco pessoas detidas na operação Leite Seguro em Pernambuco

Farmácias são fiscalizadas suspeitas de vender leite pediátrico impróprio para o consumo

Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Cinco pessoas foram autuadas, esta terça (30), sob suspeita de comercializar leite em pó infantil com a validade adulterada, na Região Metropolitana do Recife e Agreste. Os suspeitos são proprietários de cinco farmácias no Janga e Maranguape, em Paulista, e em Limoeiro. Dois deles acabaram presos em flagrante e encaminhados para o Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel). Os demais responderão em liberdade.

De acordo com o delegado Roberto Wanderley, titular da Delegacia do Consumidor, os donos de farmácias estavam sendo investigados há três meses, quando as primeiras denúncias foram feitas. “Várias mães se queixaram de que os bebês passavam mal quando tomavam os produtos”, disse. Segundo ele, a adulteração foi feita em latas de Nan, da Nestlé, que é uma fórmula para recém-nascidos. 

Os flagrantes ocorreram em Limoeiro. Donos de duas drogarias comercializavam as latas no momento da investida policial. “O resto se apresentou espontaneamente. Apreendemos as latas de cada estabelecimento e vamos intensificar as investigações”, disse o delegado.

Segundo Wanderley, os comerciantes também são suspeitos de apagar a validade original do produto, com substâncias químicas como acetona, e carimbar uma nova. “Nós ainda não sabemos se eram eles mesmos que carimbavam ou se existe alguma quadrilha por trás”, informou.

As latas, que estavam armazenadas em mais de 10 caixas, foram recolhidas e encaminhadas para o Instituto de Criminalística (IC), onde deve ser confirmada a adulteração do leite. Os suspeitos devem responder pelos crimes de venda de produto impróprio para o consumo, com agravante pela adulteração. 

Roberto Wanderley orientou aos consumidores das regiões onde foram presos os homens a ligar para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da marca para verificar se o leite está no prazo de validade. “Eles devem informar o número do lote e perguntar se a substância está própria ou não para o consumo”, acrescentou.

De acordo com o gerente da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito, as crianças que consumiram o leite fora da validade podem ter problemas gastrointestinais sérios. “Se o leite ultrapassar o vencimento, ele perde as principais características. Ele pode sim fazer mal ao bebê, mas isso acontece se a validade estiver vencida há muito tempo”. 

Jaime aconselha aos pais e responsáveis a prestar atenção na reação dos filhos após consumir os produtos. “Em caso de alguma mudança intestinal na criança, é recomendável levá-la a algum hospital.” 

Do JC Online


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