Ela foi presa na noite em que encontraram o corpo da criança. Marcos Paulo Vilela, Delegado Regional, disse indignado, que barbárie foi premeditada e sem precedentes.
O testemunho de um agricultor ajudou a esclarecer o crime. Ele viu a mulher e um homem nas imediações de onde o corpo de Lucas foi encontrado. “A testemunha viu os dois saírem da casa, e ao tentar dar a partida na moto, o veículo não pegou. A testemunha perguntou o que estava acontecendo; o homem (Júnior Silvino) disse que faltou combustível; a testemunha ofereceu gasolina”, resumiu Marcos Paulo.
O delegado completou dizendo que os assassinos chegaram a tomar café na casa da testemunha minutos após o crime. E enquanto Júnior Silvino mostrava nervosismo, a mulher aparentava tranquilidade. Silvino foi preso em Alagoas Nova, pelo delegado Júlio Ferreira. Segundo ele o acusado ainda tentou fugir, mas foi preso “pelado” no meio da rua na noite de segunda-feira (03).
Ele confessou o crime e disse que tinha um “romance” de pouco menos de 30 dias com a mulher. Ela teria oferecido “mil reais” pra matar o menino. Lucas havia “visto” um beijo entre o casal.
Júnior disse que matou o menino com uma “gravata”. A delegada de Alagoa Nova, Patrícia Ricarte, disse que assim que teve acesso ao boletim de ocorrência percebeu que a mulher estava mentindo. "A história da criança ter sido levada por um estranho, não tinha cabimento. Ela criava uma situação para despistar".
As investigações da polícia
As investigações realizadas pela Polícia Civil confirmaram que o garoto Lucas Pereira da Silva, de 11 anos de idade, foi assassinado pelo agricultor José Júnior Silvano Santos, com a ajuda de Maria da Conceição Pereira do Nascimento, 31 anos, mãe do menino. O garoto foi morto porque flagrou o casal se beijando e passou a questionar a mãe sobre o romance escondido.
De acordo com a explanação do delegado regional Marcos Paulo Vilela, da 2ª DRPC, em Campina Grande, no dia 28 de maio, por volta das 14h30, Maria da Conceição e José Junior levaram Lucas para uma casa abandonada na zona rural de São Sebastião de Lagoa de Roça.
“Foram os três na motocicleta: ela pilotando, o menino no meio e José Junior atrás”, detalhou Marcos Paulo, com base nos depoimentos dos acusados, segundo os quais, chegando ao local, Maria ficou na motocicleta, enquanto José Júnior se dirigiu para dentro do imóvel com Lucas, que não desconfiou de nada. Lá dentro da casa, a criança foi assassinada por asfixia e deixada embaixo de uma sinuca que havia no local. “O local para matar Lucas não foi escolhido por acaso. José Junior já trabalhou no sítio e conhecia muito bem a movimentação do setor”, disse Marcos Paulo.
Após matar o menino, o casal saiu do local, mas acabou sendo visto por uma testemunha que foi fundamental nas investigações policiais. “Essa pessoa, que obviamente não vou citar o nome, chegou a conversar com Maria e José Junior, oferecendo-lhes gasolina, já que a moto estava faltando combustível na hora em que eles iam embora sem o menino. A testemunha nos disse que José Junior estava um pouco nervoso, ao passo em que Maria não esboçava qualquer comportamento suspeito”, acrescentou o delegado.
Nos dias seguintes, a mãe de Lucas passou a informar o desaparecimento do menino e a procurar pelo seu filho com a ajuda da Polícia Militar, porém nunca levava os policiais ao local onde o garoto foi encontrado morto. “Na verdade, ela estava mesmo era dificultando o trabalho da polícia”, afirmou Vilela. O corpo de Lucas foi encontrado nessa segunda-feira (3), na mesma casa onde a criança foi assassinada.
redação com blog renatodiniz
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