– As coisas ruins a gente esquece, deixa para trás. Quero continuar fazendo gols e ajudando a Seleção – declarou recentemente Neymar, em relação às vaias.
– Da mesma maneira que nós teremos atenção com Forlán, Cavani e Suárez, se perguntarem ao Tabárez, ele também vai ter em relação a fulano, beltrano, cicrano... – declarou o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari.
– Espero sempre ajudar a Seleção fazendo isso nas partidas: gols, assistências, faltas... – disse o camisa 10, o jogador que mais apanhou e que mais bateu na primeira fase do torneio, com 18 faltas recebidas e 13 cometidas.
E foram as faltas o assunto do dia no Uruguai. Lugano juntou um fator ao outro para justificar um certo temor com a arbitragem do chileno Enrique Osses, e o protagonista foi Neymar. Para o zagueiro uruguaio, o camisa 10 brasileiro tem uma "habilidade" bem específica: atirar-se no chão para cavar faltas.
– Muito mais do que as que o Brasil pode fazer, me preocupam as faltas que o Neymar pode simular. Ele é muito habilidoso nisso, se joga sistematicamente. Por ser muito leve, consegue fazer o salto muito bem – garantiu Lugano, que acredita numa arbitragem justa. – Haverá uma pressão especial por tudo que se fala, mas todos os olhos do mundo estarão sobre ele (Enrique Osses). Tomara que tenha uma partida perfeita, não cometa erros. Dentro de campo, nós vamos colaborar para isso.
A partida desta quarta-feira, às 16h, em Belo Horizonte, será transmitida ao vivo pela Rede Globo, SporTV e GLOBESPORTE.COM. O site também acompanha o duelo em Tempo Real.
Brasil treina forte na véspera da semifinal
Em um trabalho puxado antes do confronto, Felipão comandou um treino tático, deixando bem claro o time que vai entrar em campo: Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Neymar e Fred.
As boas notícias para o treinador ficaram por conta das recuperações de David Luiz, que havia sofrido uma pancada na coxa esquerda, e Paulinho, recuperado de uma entorse no tornozelo. Os dois treinaram normalmente e estão confirmados.
Bernard, que tinha levado uma pancada durante o treino da última segunda-feira, em Belo Horizonte, também participou da atividade e ficará à disposição de Felipão. Na coletiva antes do jogo, o técnico elogiou o adversário.
– Conheço o Tabárez de muitos anos, sei a forma como ele trabalha e a vem apresentando na seleção. Sabemos que o Cavani foi o goleador máximo dos últimos anos na Itália, Forlán foi o melhor da Copa de 2010, Suárez foi o melhor da Liga da Inglaterra, todos os times brasileiros querem o Lugano... Tem muita qualidade. É isso que temos passado aos nossos jogadores.
No treino desta terça-feira, três sustos. No primeiro, Luiz Gustavo se chocou com Bernard e ficou caído no gramado. Minutos depois, o problema foi com Fernando. Por último, Neymar levou uma pancada e foi atendido fora de campo. Mas nada que preocupe a comissão técnica da seleção brasileira.
Três atacantes na Celeste?
Desacreditado no início da competição devido à fraca campanha nas eliminatórias para a Copa de 2014 (atualmente ocupa a quinta posição, o que o levaria à repescagem), o Uruguai chega ao Mineirão disposto a estragar mais uma vez a festa do dono da casa. Foi assim nas três últimas competições que a Celeste participou: em 2007 e 2011, eliminou Venezuela e Argentina, respectivamente, na Copa América. Em 2010, venceu a África do Sul por 3 a 0 na fase de grupos da Copa do Mundo e ajudou a eliminar o anfitrião.
Diante do Brasil, a tendência é que Óscar Tabárez repita a formação ofensiva que derrotou a Nigéria por 2 a 1, com Forlán, Suárez e Cavani no ataque. Pelo menos esta foi a dica dada pelo treinador durante o treino fechado no Independência na tarde de terça-feira. A única dúvida parece ser no meio, entre Diego Pérez e Arévalo Rios. No Mineirão, os jogadores fizeram apenas o reconhecimento do gramado. Na última entrevista coletiva antes do jogo, porém, o comandante preferiu não revelar a escalação.
– Não vou revelar a escalação. Tivemos apenas um treino antes do jogo, e o tempo de trabalho foi curto. O fato de termos trabalhado com portas fechadas, como outras seleções fazem, não é mistério. Estamos só obedecendo as regras da competição. Não somos obrigados a abrir o treino, e isso ainda nos é conveniente - resumiu Tabárez.
Globo.com
0 comentários:
Postar um comentário