segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Dilma determina que PF apoie investigação sobre morte de cinegrafista no Rio

AFP
BRASÍLIA, 10 Fev (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff lamentou nesta segunda-feira a morte cerebral do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um artefato explosivo enquanto cobria uma manifestação no Rio de Janeiro na semana passada, e determinou que a Polícia Federal forneça apoio às investigações para punir os envolvidos.

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Em declarações publicadas no microblog Twitter, a presidente voltou a criticar as agressões a pessoas e ao patrimônio público e privado durante protestos.
"A morte cerebral do cinegrafista Santiago Andrade, anunciada hoje, revolta e entristece", disse Dilma no Twitter. "Não é admissível que os protestos democráticos sejam desvirtuados por quem não tem respeito por vidas humanas."
O cinegrafista, de 49 anos, cobria a manifestação contra o aumento das tarifas de ônibus no Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro, quando foi atingido na cabeça por um rojão.
Os protestos da semana passada, embora em menor escala, ocorrem na esteira de uma série de manifestações iniciadas em junho do ano passado, motivadas principalmente pelo aumento das passagens de transporte público.
Após alcançar grande mobilização em diversas cidades do país -em seu auge, os protestos chegaram a levar mais de 1 milhão de pessoas às ruas no ano passado- as demandas foram ampliadas para exigir melhoria de serviços públicos e repudiar os gastos com a Copa do Mundo.
As manifestações, que em muitos casos resultaram em confronto com a polícia, deixaram dezenas de feridos -inclusive profissionais da imprensa- e resultaram em ao menos seis mortes no ano passado.
Nota divulgada nesta segunda pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo aponta que houve 117 casos de agressão, hostilidade e detenção de jornalistas desde o início dos protestos.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
fonte yahoo.com

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