Extorsões teriam sido geradas por ameaças de divulgação de relações sexuais do padre
Casal acusado de extorquir padre foi apresentado nesta terça-feira na sede do Grupo de Operações Especiais
O delegado titular do Grupo de Operações Especiais (GOE), Cláudio Castro, apresentou na sede do grupo o casal José Alexsandro Diógenes, de 33 anos, e Maria José Araújo Diógenes, de 22 anos. Ambos foram presos na manhã desta terça-feira (11). Eles são suspeitos de extorquir o padre José Rogério de Souza Quirino, da Diocese de Nazaré da Mata, na Zona da Mata pernambucana. As extorsões, que aconteciam há três anos, foram geradas por ameaças do casal de divulgar relações sexuais entre o padre e José Alexsandro.
Segundo informações da assessoria de comunicação da Polícia Civil,a prisão de José Alexsandro e Maria José aconteceu no Aeroporto Internacional dos Guararapes, local onde o padre José Rogério iria desembarcar de uma viagem. Com base em uma denúncia feita pelo padre, a polícia foi até o local e prendeu os suspeitos. Ainda segundo a Polícia Militar, eles teriam ido ao encontro do sacerdote para buscar uma quantia de cerca de R$ 5 mil que estava com José Rogério.
Durante o momento da apresentação, José Alexsandro disse que não extorquia o padre e que todo o dinheiro que recebia era dado como forma de pagamento pelas relações sexuais que praticava com o sacerdote. Ainda segundo José Alexsandro, ele e Maria José foram até o aeroporto buscar os R$ 5 mil com o padre José Rogério. O valor seria para pagar uma cirurgia de redução de estômago para Maria José. Segundo os suspeitos, o dinheiro era referente ao pagamento de um programa.
No entanto, o delegado responsável pelo caso afirmou que já existem provas do suborno praticado. Nos próximos dez dias novas provas serão apresentadas e o caso deve ser concluído. Maria José foi conduzida para a Colônia Penal Feminina do Recife, já José Alexsandro foi levado para o Cotel. Eles permanecerão nas unidades prisionais até o dia dos seus julgamentos. Caso sejam condenados, os suspeitos poderão pegar até 10 anos de reclusão.
Com informações da Folha de Pernambuco
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