Greenwald é autor de diversas reportagens, publicadas no The Guardian
Foto: Reprodução
O brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista britânico Glenn Greenwald, ficou quase nove horas detido no aeroporto londrino de Heathrow neste domingo (18), com base em uma polêmica lei antiterrorismo, informa o jornal The Guardian - que pediu "esclarecimentos urgentes" a respeito do caso às autoridades britânicas. O governo brasileiro disse que a detenção é "injustificável".
Greenwald é autor de diversas reportagens, publicadas no Guardian, a respeito de programas de ciberespionagem promovidos pela agência de segurança americana NSA, com base em documentos fornecidos pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden (exilado na Rússia).
David Miranda com Glenn Greenwald (Foto: reprodução/The Guardian)
O jornal também fez diversas reportagens sobre o trabalho da inteligência doméstica britânica a partir dos documentos divulgados por Snowden.
Greenwald disse, em artigo no Guardian, que a detenção de seu companheiro (que já foi liberado) é uma "tentativa de intimidação" e "um ataque à liberdade de expressão", acusações que até o momento não foram respondidas pelas autoridades britânicas.
Segundo o Guardian, a Scotland Yard apenas confirmou que "um homem de 28 anos foi detido em Heathrow sob o Ato Antiterrorismo 2000 às 8h05 (horário local). Ele não foi preso. E foi liberado às 17h", sem dar detalhes quanto ao motivo de sua detenção temporária.
BENS CONFISCADOS - Greenwald relata que Miranda voltava de Berlim ao Rio de Janeiro, onde mora, via Londres, quando foi informado que seria questionado pelas autoridades, conforme prevê o polêmico ato antiterrorismo.
O jornalista diz que foi informado a respeito do questionamento pelas próprias autoridades britânicas e mobilizou advogados do jornal e autoridades brasileiras.
O ato, informa o Guardian, permite que cidadãos em aeroportos britânicos sejam interrogados (sem que haja necessariamente uma suspeita contra eles), revistados e detidos por até nove horas - depois disso, ou são liberados ou formalmente acusados. Mas em geral, esses interrogatórios duram em média uma hora. Miranda, no entanto, ficou retido pelo tempo máximo, sem direito a um advogado, até ser liberado sem acusações formais.
Segundo Greenwald, ele também teve todos seus equipamentos eletrônicos confiscados - celular, laptop, câmera, cartões de memória, DVDs e consoles de videogames.
Greenwald é autor de diversas reportagens, publicadas no Guardian, a respeito de programas de ciberespionagem promovidos pela agência de segurança americana NSA, com base em documentos fornecidos pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden (exilado na Rússia).
David Miranda com Glenn Greenwald (Foto: reprodução/The Guardian)
O jornal também fez diversas reportagens sobre o trabalho da inteligência doméstica britânica a partir dos documentos divulgados por Snowden.
Greenwald disse, em artigo no Guardian, que a detenção de seu companheiro (que já foi liberado) é uma "tentativa de intimidação" e "um ataque à liberdade de expressão", acusações que até o momento não foram respondidas pelas autoridades britânicas.
Segundo o Guardian, a Scotland Yard apenas confirmou que "um homem de 28 anos foi detido em Heathrow sob o Ato Antiterrorismo 2000 às 8h05 (horário local). Ele não foi preso. E foi liberado às 17h", sem dar detalhes quanto ao motivo de sua detenção temporária.
BENS CONFISCADOS - Greenwald relata que Miranda voltava de Berlim ao Rio de Janeiro, onde mora, via Londres, quando foi informado que seria questionado pelas autoridades, conforme prevê o polêmico ato antiterrorismo.
O jornalista diz que foi informado a respeito do questionamento pelas próprias autoridades britânicas e mobilizou advogados do jornal e autoridades brasileiras.
O ato, informa o Guardian, permite que cidadãos em aeroportos britânicos sejam interrogados (sem que haja necessariamente uma suspeita contra eles), revistados e detidos por até nove horas - depois disso, ou são liberados ou formalmente acusados. Mas em geral, esses interrogatórios duram em média uma hora. Miranda, no entanto, ficou retido pelo tempo máximo, sem direito a um advogado, até ser liberado sem acusações formais.
Segundo Greenwald, ele também teve todos seus equipamentos eletrônicos confiscados - celular, laptop, câmera, cartões de memória, DVDs e consoles de videogames.
O Itamaraty divulgou nota na noite deste domingo manifestando "grave preocupação com o episódio". "Um cidadão brasileiro foi retido e mantido incomunicável no aeroporto de Heathrow por período de 9 horas, em ação baseada na legislação britânica de combate ao terrorismo. Trata-se de medida injustificável por envolver indivíduo contra quem não pesam quaisquer acusações que possam legitimar o uso de referida legislação. O governo brasileiro espera que incidentes como o registrado hoje (domingo) com o cidadão brasileiro não se repitam", diz o comunicado.
Um porta-voz do Guardian disse que a empresa está "consternada com o fato de o parceiro de um jornalista do jornal que tem escrito sobre serviços de segurança ter sido detido por quase nove horas". Greenwald, por sua vez, declarou que "deter familiares e entes queridos de jornalistas é simplesmente despótico".
A BBC Brasil tentou contato com a Scotland Yard, mas não conseguiu até a publicação desta reportagem. O Guardian disse que o Ministério do Interior britânico não comentou o caso.
Fonte: BBC Brasil
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