A psicóloga Ângela Sátiro, que também faz parte da equipe, lembra da história de uma família que doou as córneas de um jovem que ele fazia faculdade. A moça que recebeu os órgãos pode voltar a estudar graças ao ato da doação. “A mãe do doador disse que foi uma grata surpresa saber que com a doação havia ajudado a uma jovem a continuar fazendo o que o filho dela mais gostava que era estudar”, contou.
Constatação de morte – De acordo com a coordenadora da Central de Transplante da Paraíba, Gyanna Lys Montenegro, o trabalho na feira é mais uma oportunidade para sensibilizar a população a ajudar a salvar vidas. Ela disse que as pessoas ainda desconhecem o diagnóstico da morte encefálica. “Muita gente só acredita que a morte acontece quando o coração para e na realidade o diagnóstico da morte é uma constatação e não uma crença. E esta constatação é feita através do diagnóstico de morte encefálica, ou diante de parada cardiorrespiratória”, explicou a nefrologista.
Para a doação de órgãos é preciso que haja a morte encefálica. O procedimento é seguro e segue protocolo determinado pelo Conselho Federal de Medicina. Após o diagnóstico, é oferecida à família a oportunidade da doação. É o grupo que decide se quer doar.
Pode ser doadora qualquer pessoa com idade entre 2 e 80 anos e que não apresente doença comprometedora do órgão ou tecido doado. Recebem os órgãos pacientes que necessitam de um transplante e estão inscritos na lista de espera. Após a retirada dos órgãos, o corpo é recomposto cuidadosamente e entregue à família.
Números – A Central de Transplante da Paraíba realizou em 2012, 50 transplantes de rins, 99 de córneas e um de fígado. Este ano, até o mês de junho, foram realizados 86 transplantes de córnea e 28 de rins. Qualquer dúvida sobre a doação de órgãos e tecidos pode ser esclarecida pelo telefone da Central de Transplante: (083) 3244-6192.
Secom
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