O senador Aécio Neves (PSDB/MG), pré-candidato à presidência da República, prometeu, durante Almoço-Debate promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, caso vença as eleições de 2014, cortar a estrutura de comando de Dilma hoje.
“Acabaremos com metade dos atuais ministérios e criaremos uma única secretaria extraordinária para apresentar, no curto prazo, uma proposta de simplificação do sistema tributário, com o objetivo de reduzir a carga tributária brasileira”, prometeu.
Liderado pelo empresário João Doria Jr., o evento aconteceu no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, e contou com a presença histórica de 518 pessoas. Estiveram presentes o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia.
Na primeira semana de um eventual governo, Aécio Neves disse que sinalizará a constituição de um estado enxuto, com a extinção de órgãos e de cargos em comissão. E como prioridades de mandato, destacou investimentos efetivos e acompanhados em educação, a simplificação do sistema tributário e também a redução dos gastos do governo.
Considerou reestatizar a Petrobras, para que a empresa se coloque a serviço da população brasileira e garantiu que não pretende acabar com o Bolsa Família, mas dar a ela uma nova dimensão, pois considera o benefício um ponto de partida para promover a capacitação dos pais de família. O presidenciável enfatizou: “não quero fazer um governo do PSDB, quero fazer um governo para os brasileiros que tenham coragem para fazer as mudanças que esperamos”.
Além de retomar a meritocracia no funcionalismo público, o pré-candidato aposta no modelo de Parcerias Público Privadas (PPPs) adotada no estado mineiro que, além de ser o mais avançado do Brasil, com resultados extraordinários, é um modelo para ser usado internacionalmente.
Indicadores econômicos
Durante o evento, Aécio mostrou-se bastante preocupado com a mediocridade dos indicadores econômicos brasileiros. Criticou o posicionamento do atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirma ter a situação está sob controle.
“Sabemos que a inflação não está controlada, que a tampa da panela de pressão vai ter que ser aberta em algum momento e poderemos chegar a índices inflacionários de 9,5%, se não mais”.
O senador lamentou não ter sido aproveitada uma situação ímpar da vida do país, durante o governo do ex-presidente Lula, em que três condições raríssimas aconteceram ao mesmo tempo: estabilização da economia, ampla base de apoio político e grande aceitação pessoal. Em sua opinião, faltou vontade política para construir uma nova agenda do estado brasileiro, com uma importante reforma política. Ele citou, por exemplo, a atual explosão dos gastos públicos, de crescimento de 15,5% nos dois primeiros meses deste ano, enquanto as receitas aumentaram apenas metade disso.
Citou também que, de 2000 a 2010, a produtividade da economia nacional cresceu em torno de 2%. De 2010 para cá, somente 0,4%. No momento em que a economia crescia pelo consumo, era preciso ter garantido novos investimentos para manter este crescimento, mas não foram feitas as corretas sinalizações para o empresariado.
Apesar das críticas, Aécio Neves elogiou o primeiro mandato de Lula, em que o ex-presidente manteve rigorosos parâmetros macroeconômicos e conservou-se fiel aos programas sociais.
fonte: blog de jamildo