Pode terminar ainda na noite de hoje o júri popular que definirá o futuro do conselheiro tutelar Walter Maciel Correia e do diretor de turismo Sérgio Aranha da Silva, na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha do Leite. A dupla é acusada de matar o frei Luciano Santos Andrade, em 28 de agosto de 2003, no Convento Nossa Senhora do Carmo, no Centro de Goiana, e roubar R$ 10 mil do convento.
Após cinco adiamentos, o julgamento foi iniciado ontem com meia hora de atraso e entra hoje no seu segundo dia. Os réus são julgados por homicídio qualificado. O conselho de sentença é formado por três homens e quatro mulheres. Ontem, durante a definição do conselho, tanto a defesa quanto a acusação usaram os três vetos garantidos por lei.
A defesa arrolou cinco testemunhas e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) oito. Pela manhã, durante os depoimentos das testemunhas, o juiz Sylvio Galdino, que preside a sessão, ameaçou esvaziar o plenário, após a plateia aplaudir a fala de uma testemunha.
Em 2005, os dois acusados chegaram a ficar presos por 17 dias na Cadeia Pública de Goiana, mas foram soltos após a Justiça revogar a prisão preventiva de ambos. Desde então, Walter e Sérgio respondem em liberdade. Os dois negam o crime.
Em 2010, depois de um pedido de desaforamento, o júri foi transferido de Goiana para o Recife. A polícia apontou, em 2003, que o frei teria sido arremessado do primeiro andar do convento, de uma altura de 5,5 metros. Quando caiu, ficou a 2,20 metros da parede, o que levou os investigadores a concluir que ele não havia se matado. Apesar do corpo ter sido encontrado nu, não houve a prática de sexo antes do crime. Além disso, não foram encontradas digitais nem sinais de luta corporal nas dependências do convento.
Fonte: Diário PE
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