Do NE10Atualizada às 15h40
Entre lágrimas, aplausos e gritos de guerra, o corpo de Paulo Ricardo da Silva, 26 anos, foi sepultado na tarde deste domingo (4), no Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife. Enquanto amigos e familiares gritavam "Por Paulinho nada. Tudo" e cantavam o hino do Sport Club do Recife, a mãe do jovem, a dona de casa Joelma Valdevida da Silva, pedia justiça.
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O rapaz foi morto após ser atingido por um vaso sanitário arremessado do alto da arquibancada do Estádio José do Rego Maciel, no Arruda, Zona Norte do Recife. O crime aconteceu na saída da partida entre Santa Cruz e Paraná, na última sexta-feira (2).
A mãe de Paulo chegou a desmaiar diversas vezes e estava incrédula de que seu filho se fora. "Levanta, filho, por favor", pediu. "Eu sei que a justiça não vai trazer ele de volta, mas precisa ter justiça, gente. Eu não quero ver mãe nenhuma sentindo essa dor. É uma faca empurrando no coração para sempre", lamentou.
A família da vítima afirmou que pretende processar os que eles acreditam ser responsáveis pela morte do jovem, como o Santa Cruz, o Estado, e a Polícia. Eles afirmam que a negligência foi o que contribuiu para o crime. O tio do torcedor, Thiago Valdevino da Silva, e o padrastro da vítima, Maurício de Oliveira, afirmaram que esperam o advogado da família voltar de viagem, para aconselhá-los a fazê-lo.
Torcida organizada Jovem esteve presente no sepultamento
No local, predominava o vermelho e o preto, cores do clube de coração de Paulo, o Sport. A torcida organizada Jovem estava presente, além da imprensa. Na hora em que foi sepultado, todos gritaram por justiça.
Um tio do torcedor, Jonathan Batista, reuniu alguns membros da torcida para aconselhar que a violência no futebol não precisa aumentar. "Fazer justiça com as próprias mãos, vamos aumentar a dor, o choro e a violência. Infelizmente aconteceu, ninguém esperava. Não cobrem, porque só vão aumentar a dor de mais uma, duas ou três famílias", disse.
fonte :ne10.uol.com.br
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